Calvário e Pentecostes (Pr. Antonio Jose)

O calvário é a cruz. Sem calvário o pentecostes é apenas uma comoção, um emoção momentânea, sem nenhum desdobramento do ponto de vista concreto. Sem calvário, o avivamento pentecostal é apenas um ajuntamento de pessoas que junto, choram e se emocionam, mas tal sentimento é apenas sensação; é apenas química provocada pelo Sistema Nervoso Central quando estimulado pela música.
Para que não caiamos num pentecostes vazio, é preciso...
que ele tenha sua fonte na cruz. Nela nos encontramos. Nela somos confrontados de tal modo que Paulo diz: "se ressuscites com Cristo". Diz mais, "fomos sepultados com Cristo pelo batismo; "mortos para o pecado", etc, etc. Isso quer dizer que o verdadeiro Pentecostes começa com quebrantamento, o verdadeiro avivamento começa com o reconhecimento de que precisamos de ajuda; precisamos da água e do sangue. Dois elementos que jorraram do lado de Jesus. A água que sacia uma necessidade assim como o Espírito nos sacia e nos preenche e o sangue que nos purifica do pecado.
O que ocorreu ao longo da história da Igreja foi a dicotomia entre o Calvário o Pentecostes. Muitas Igrejas se dividiram porque o "pentecostes" se afastou do calvário. O calvário é a reconciliação e o pentecostes é a manutenção. O calvário é o perdão e o pentecostes é o perdão na prática. O calvário é o túmulo e o pentecostes a ressurreição.
Quando nos afastamos do calvário o pentecostes se transforma em rito, ou na pior da situação em algo místico que parece ser espiritualidade santa, mas não é. O calvário nos aproxima e o pentecostes é a alegria de podermos estar juntos.
Sem o pentecostes, o calvário se transforma em penitência!
Sem pentecostes o calvário é apenas um dogma obsoleto.
Sem o pentecostes o calvário fica limitado a uma cruz sem Cristo e a Igreja, uma empresa, ou uma ONG.
Com o Pentecostes o calvário se torna um memorial de redenção o qual nos mostra que precisamos de Cristo e um dos outros.
O calvário nos faz uma única Igreja e o Pentecostes a manutenção da comunhão mesmo que sejamos diferentes.
Antonio José Pastor

Nenhum comentário:

Postar um comentário