A Cultura do Ódio.

Um dos recortes mais lindos dos ensinamentos de Jesus encontramos no sermão das bem-aventuranças. Quanta coisa acontecendo no mundo e aqui no Brasil cujo primeiro nome escrito por Pero Vaz de Caminha "Terra da Vera Cruz". Por que este nome de "verdadeira cruz"? Era Páscoa, quiça. Mas, quão triste ver, não a cruz da redenção, mas, a cruz do chicote, do jeitinho de querer levar vantagens em tudo. A esperteza com matizes de ódio.
A cultura da igualdade, liberdade e fraternidade da Revolução Francesa, transformou-se na cultura do ódio...
, quando, os revolucionários tiveram a ideia bizarra e macabra de em nome dessa liberdade criar o instrumento de onde se correria sangue das cabeças aos montes sendo decapitadas de um lado, um povo aspirando por liberdade execrando àqueles que queriam permanecer segurando o queijo do poder e do dinheiro, como ratos, nos guetos de Paris, comendo os excrementos despejados nos esgotos.
Em nome da liberdade se cria um instrumento de ódio, a guilhotina. A história obedece a mesma metodologia do modus operandi. Sempre surge um ou dois, ou cria-se partidos para defender o povo, e quando estes assumem o poder, se execra àquele que o exercia antes, afim de que alguma insurreição ou conspiração seja banida porque lidar com o diferente é um execício para poucos.
Lidar com o diferente somente aquele que nos ensina os mandamentos da felicidade quando esta sai do "si mesmo" para ir para o encontro do outro.
As bem-aventuranças de Jesus mostra o oposto daquilo que os homens o fazem. Tudo isso, para dizer, uma coisa, estes poderes da República são permeados de um cultura odiosa. Exemplo, ontem quando aquelas senhoras sentaram na banca diretora do senado brasileiro. Se certo ou errado, confesso que não sei. Ouvindo uma dessas senhoras senadoras discursando contra a Reforma Trabalhista, não apontou e acho que perdeu seu tempo de mostrar no que ela discordava. Contudo, abrir um processo contra essas senhoras por faltarem com o decoro parlamentar, eu vejo isso, tão ignóbil neste espetáculo circense.
Me lembro de Robespierre, que foi chamado de o "incorruptível" quando assumiu o poder, virou a página de um perfil revolucionário para um perfil de ódio, mandando para guilhotina até trezentos cabeças ao dia, vistos como conspiradores, na sua mente doentia. O incorruptível se tornou a pessoa mais odiosa pós revolução e pagou sob a mesma medida, sua cabeça também rolou.
Assim, a história se repete, o que está acontecendo em Brasília não é politica, está claro, não se constrói a polis, mas, o ego, o egoico, onde os interesses desses "partidos" estão acima dos interesses dos cidadãos, tendo como mobiles o ódio, precisamente a cultura do ódio, a guilhotina está mais sofisticada, continua derramar sangue por meio do instrumento que se chama holofotes. 

Antonio José Pastor. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário